quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mamonas Assassinas


A morte dos Mamonas Assassinas, em 1996, chocou o Brasil e Portugal onde o grupo devia actuar poucas semanas depois da data do acidente que os vitimou. Os músicos voltavam de um espectáculo quando o avião em que viajavam bateu contra a Serra da Cantareira, em São Paulo. Grande parte do sucesso dos Mamonas deveu-se ao vocalista Dinho, o mais palhaço dos cinco, que ainda arrancava suspiros das meninas. Bento (guitarra), um japonês que se apresentava com uma peruca rastafári, era o responsável pela mistura de estilos musicais da banda, que ia do sertanejo ao rock, passando pelo vira tradicional português. Julio Rasec (teclas) – o sobrenome artístico era, na verdade, seu segundo nome, César, escrito ao contrário – ficou conhecido pela performance de Maria, na música "Vira-Vira". Os irmãos Reoli, Samuel (baixo) e Sérgio (bateria), usavam o verdadeiro nome da família, Reis de Oliveira, como nome artístico. Os Mamonas começaram sem Dinho, numa banda chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião Urbana e Rush. O vocalista foi incorporado a meio a um espectáculo, e desde então os Utopia passaram-se a apresentar na periferia de São Paulo e lançaram um disco que não vendeu 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e as letras de música que eram um gozo a amigos e parentes eram mais bem recebidas pelo público do que os covers. Decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome. A gravação demo que prepararam caiu nas mãos, e nas graças, de Rafael, filho do director artístico da EMI-Odeon, João Augusto Soares e baterista da banda Baba Cósmica, que foi lançada logo depois da morte dos Mamonas. João Augusto ouviu e contratou a banda a 28 de abril de 1995, consolidando uma parceria que rendeu um milhão de cópias vendidas em menos de um ano de carreira. Em pouco tempo a banda estava a fazer cinco concertos semanais e a seduzir fãs adolescentes e infantis, que adoravam as letras bem-humoradas e as performances divertidas e irreverentes. Além do "Vira-Vira", outros sucessos foram "Pelados em Santos", "Robocop Gay" e "Sabão Crá-Crá" Depois do desastre, a editoura ainda lançou um disco ao vivo.

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